Entrevista com Pauline Herbach autora do livro " Mulheres sem prazo de validade"



Entrevista – Pauline Herbach

 

A Saleta de Leitura já apresentou para vocês o livro Mulheres sem prazo de validade de Pauline Herbach e sobre o seu lançamento dia 11/08/2012 na Bienal/SP.

Pauline Herbach  é carioca , mas mora em São Paulo desde 1997. É formada em Ciências Políticas e Sociais e em Psicologia. Durante 16 anos foi Redatora e Diretora de Criação, de Publicidade e de Marketing tendo recebido  diversos prêmios pelos seus trabalhos. Escreveu dois musicais para criança: “Bom dia Alegria” e “A Lâmpada Flutuante”. Esse é apenas um resumo sobre as atividades  e estudos que a nossa autora se dedica. Para saber mais é só visitar o blog Mulheres sem prazo de validade.


E aqui estamos com uma pequena entrevista com algumas perguntas que foram surgindo depois de conhecermos  sobre a sua obra além de queremos saber sobre quais os planos de Pauline Herbach como escritora e profissional.
  
1.   Quem é Pauline Herbach ?
Sou Eu

2.  Você possui um blog chamado Camélia de Pedra  onde existe um jardim repleto de histórias onde já mostra mostra o seu dom para a escrita . Fale um pouco sobre ele e a Camille como é conhecida por muitos.
O blog Camelia de Pedra, surgiu da necessidade de um espaço para dar minhas opiniões a respeito do que acontece no mundo. Na época, estava indignada com um crime no RJ, onde uma das hipóteses consideradas,  era a de que uma criança de 4 anos teria matado os pais. Pensei: passou dos limites, preciso ter voz. Quero falar sobre isso. E certamente, o blog é a nossa voz, por principio. Um espaço onde hoje quem quiser pode botar a boca no mundo. Essa nova possibilidade que veio com a tecnologia, é maravilhosa: fazer um bom uso de nossa liberdade de expressão.

3.   Como surgiu a idéia para escrever o livro “Mulheres sem prazo de validade”? O  que a motivou?
Algumas amigas minhas vinham insistindo há anos para eu escrever um livro. Não dava muita bola, já achava o blog meu livro sem fim. Mas esse ano calhou de um editor me convidar para escrever, selecionando crônicas do blog. Devo escrever outros livros na vida. E tenho dois já escritos e não publicados. Sabe quando escrever já te satisfaz? Mas voltando: escrever esse livro foi a arte de selecionar crônicas que dessem um sentido de continuidade a um pensamento especifico escolhido por mim:a posição que a mulher ocupa no mundo.  Sobre sua relação  com  algumas questões relevantes, como maternidade, velhice, morte e claro, vida.

4.   O que a levou a escolher o título do livro?
Essa questão do prazo de validade é um assunto que permeia o livro. A cultura, a sociedade sempre deu prazos de validade para as pessoas. O prazo hoje tem uma “garantia estendida”. Vale-se mais por mais tempo. Mas continua havendo um prazo. Sou contra a destituição da identidade do ser humano, seja lá por que motivo for. Idade então, não faz o menor sentido.

5.   É um livro que fala sobre a vida , as relações e o lugar de luta que a mulher ainda ocupa no mundo. O que deseja passar para os leitores através dele?
Que somos fruto do meio e por isso também,  precisamos entender qual é a nossa singularidade, diante da cultura que aí está e nos faz acreditar em X, Y, Z realidades. Quem somos nós? E nós mulheres por que ainda tão dependentes de uma aprovação masculina? Por mais que tenhamos conquistado um espaço – importante- no mercado de trabalho.

6.  O livro é de  “Crônicas de alguém que vive em busca de conhecer o seu próprio mundo e o mundo todo. Por isso estuda, observa, viaja, vive.”  Essas crônicas são baseadas no seu trabalho como psicóloga?
Sim e não. Poderia dizer que tb são baseadas no meu trabalho de Socióloga. De terapeuta de família. Ou de redatora! Tudo isso está implícito. O livro tem o meu olhar, e meu olhar contém esses saberes. Mas não cito paciente e nem casos clínicos. É antiético. Nem “maquiada” é aceitável esse tipo de conduta. Concordo inteiramente com essa postura do Conselho de Psicologia. A relação paciente/ terapeuta é de confiança. E essa confiança tem que ser inquebrantável.

7. Sabemos que é mãe, psicóloga dando atendimento em consultório particular,estudando Políticas Públicas além da função de escritora. Como consegue conciliar as duas funções?
Não consigo, hehehehe. As vezes me  sinto um bocado desordeira e faltosa. Penso que ter uma secretária seria fundamental. Uma particular,  para deixar tudo em ordem. Coisas  que vão de pagamentos de contas à arrumação de casa, tipo pequenas obras. Mas não é a realidade de hoje, dispor de uma porção de funcionários.
Entre as escolhas possíveis, coloco como prioridade a educação da minha filha de 11 anos, que ainda não tem autonomia para fazer o que quiser. É um caráter em formação e precisa de toda a atenção possível.
 
8.  Depois de “Mulheres sem prazo de validade” tem algum projetp para um novo livro?
Devo editar uma pesquisa sobre hospitais dia. Já feita. Agora estou pesquisando e escrevendo mais uma parte dela. Aparentemente é uma pesquisa sem fim. A vida é dinâmica...Mas aí é trabalho científico, embora eu procure escrever sempre de um jeito que todo mundo consiga ler e entender. Acredito que seja um bom vício de redatora: escrever como se fala, conversar com o leitor. Fora isso, tenho sempre um projeto para um novo livro sim. Minha cabeça é cheia de projetos.

9.  E esta pergunta foi enviada pelo Alexandre Mauj do Lost in Japan que trouxe  o seu livro até nós. “Qual sonho grande (realizável ou não) que o livro trouxe a você ?Por exemplo: o sonho de que o livro revolucionasse o comportamento feminino, que transformasse vidas...
Se o livro tocar alguém que seja, de alguma forma positiva, já considero um feito. É bem difícil mudar a mentalidade do mundo. Não basta querer. Tem uma série de fatores que precisam contribuir. Mas na base da fantasia grande- adoraria que o livro fizesse o ser humano perceber que o inconsciente não tem sexo, nem idade, nem uma série de amarras que criamos para nós e chamamos de “eu”, e nos julgamos a partir daí: “certos”, “errados” “validos”, “inválidos”, “culpados”, “sofríveis” e por ai vai. Sei também que essa consciência não se adquire lendo um livro. Mas passando por um processo de análise, por exemplo.

10. Qual o recado que deixaria para os seguidores e leitores da Saleta de Leitura?
Continuem seguindo este blog. É inteligente, solidário, dá espaço para o trabalho de outras pessoas. Como essa entrevista. Quer coisa mais bacana, num mundo que privilegia o próprio umbigo?

Muito Obrigado por ter nos concedido essa entrevista e parabenizamos pela excelente obra que já é um sucesso.

 Para saber mais sobre o livro e como adquirir acesse 

 

21 comentários

  1. Amei a entrevista!


    Bacio, Selene Blanchard
    MODA E Eu
    Modaeeu.blogspot.com
    Espero sua visita

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  2. A Camille é uma pessoa fantástica!
    Já sigo seu blog há um tempo e com certeza, na primeira oportunidade, vou ler o livro.
    É uma jovem formadora de opiniões... o mundo é carente de pessoas assim e Camille é bem vinda nesse mundo onde muitos só pensam em seu próprio umbigo, como ela mesma diz.
    Boa sorte, Camille/Pauline, sucesso!

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  3. Obrigada por suas palavras Clara querida.
    Beijos

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  4. Muito bonita a iniciativa de voces dois,num mundo em que cada umso se preocupa com o seu quadrado, isso é lindo.E adorei as perguntas da enrevista.Muito obrigada!
    Bjos,
    Pauline Herbach

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  5. Adorei a entrevista.
    Tenho grande prazer em ler os textos da Camille (Pauline) e sinto-me feliz de fazer parte deste momento de sucesso, parabens!

    Beijos

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  6. Não sou boa com palavras,queria também saber me expressar como ela,por isso passei a admirá-la,parabéns pelo livro,pelos blogs e por tudo o que ela nos ensina...bjs...

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  7. Muito legal conhecer um pouco mais sobre a autora e sua obra. É sempre interessante sabermos onde se busca inspiração para fazer obras tão complexas!
    Espero poder ler seu livro algum dia ^^
    Parabens pela entrevista, ficou excelente!

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  8. Gostei da entrevista. Gosto de saber um pouco da vida dos autores.

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  9. Amei a entrevista, é ótimo conhecer a autora de uma obra tão interessante

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  10. Gostei da entrevista. A autora é super simpática e bem informada.

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  11. Muito massa essa entrevista. Imaginava um livro de crônicas cômicas, mas pelo que entendi, ele tem uma pegada mais séria, que te faz pensar em coisas que nunca parou pra pensar.

    @_Dom_Dom

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  12. Gostei muito da entrevista, me identifiquei com muitas coisas que foram ditas, refleti bastante a respeito

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  13. Uma mulher inteligente, digna de admiração!

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  14. Nossa,a entrevista me prendeu,hein!
    A autora é super carismática,responde muito bem,tem muita coisa boa pra falar.
    Desejo a ela todo o sucesso,para este livro que parece ser maravilhoso e para os muitos projetos que ela disse ter na cabeça :)

    Beijooss,
    Jennifer

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  15. Adorei a entrevista, e acima de tudo adorei ela.

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  16. Gostei muito da entrevista, acredito que seja um ótimo livro para refletirmos.

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  17. Muuuuuuuito legal essa entrevista !!

    Show parabeens

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  18. Minha esposa leu o livro e não gostou e eu li depois. Pela foto da escritora, vejo que ela é imatura, pelo modo que escreve, pensei que tivesse saído da adolescência agora.
    Estou conferindo opiniões na internet como sempre faço depois que leio um livro e percebo que existe a propaganda do livri, mas na verdade, ninguém o leu.

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