Resenha "Sempre haverá você" de Heather Butler

Livro: Sempre haverá você
Autor: Heather Butler
Edição: 1º
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581637150
Ano: 2017
Páginas: 256



Sinopse: Quando o George escreve as coisas, destaca suas palavras preferidas em negrito. As palavras de que ele não gosta, escreve em letras pequenas e bem magrinhas.
Ele adora a escola, mas detesta o Carl, que é malvado e gosta de colocar medo nas outras crianças.
Ele ama o seu irmãozinho, Theo, mas de vez em quando perde a paciência com ele. O jogo preferido do George é aquele em que ele e a mamãe brincam com palavras novas. Na verdade, a mamãe é a pessoa favorita do George no mundo inteiro. Ele gosta mais dela do que do seu melhor amigo, Dermo, ou do seu cão fedorento, mas adorado, que se chama Goffo. Agora que a mamãe ficou doente, está cada vez mais difícil sorrir e inventar versos com o Theo.
Sempre haverá você conta sobre uma família diferente da sua, mas um pouquinho parecida. E de um menino que está aprendendo algumas coisas. Você quer ser amigo dele?





Quando uma história é narrada em primeira pessoa, acabamos descobrindo tudo o que de fato se passa com o personagem, seus momentos felizes e tristes, suas angústias, dúvidas e incertezas. Nos tornamos mais íntimos com essa proximidade. E quando quem narra é um(a) menininho(a) não é diferente, porém é mais encantador ler e sentir os sentimentos transbordando aos olhos puros e inocentes de uma criança. Os pequeninos sempre tem muito a dizer, principalmente para os adultos, pois temos a terrível mania de crescer e esquecer o que aprendemos lá no passado. "Sempre haverá você" é uma dessas histórias na qual vamos conhecer o mundo de George, um menino de dez anos, alegre, bondoso, que ama sua família e que tem muito a dizer para nós leitores.

Primeiramente, George já deixa bem claro no início do livro, que as suas palavras preferidas ele destaca, colocando em negrito, já as palavras que ele não gosta ele encolhe. E ao longo da leitura podemos perceber o que agrada ou não o menino. É divertido essa interação! 


A sinopse conta bastante sobre o que veremos ao longo das páginas. Estaremos conhecendo o dia-a-dia de George, de seu irmãozinho Theo, o cachorro Goffo e sua família. George adora estar em casa, brincar com seus brinquedos, com o Goffo e ajudar Theo a montar seus versos. Porém o que ele mais gosta é estar com a sua melhor amiga, a sua mãe, e brincar do jogo das palavras. Muito sabido e com fome de conhecimento, essa era uma forma genial com que o menino aprendesse brincando. E como é delicioso aprender assim! George ama. O único problema dele é no colégio. Ele se dá bem com todos, tem o seu amigo Dermo sempre por perto, porém tem um menino chamado Carl que fica implicando com George e as outras crianças. 

"O Jogo da Visita é uma coisa que só a mamãe e eu jogamos. O Theo não gosta de aprender palavras novas como eu gosto, e o papai só chega em casa às oito horas da noite. Ele só janta e dorme diante da televisão. A mamãe e eu jogamos outros jogos também, fazemos palavras cruzadas ou brincamos de forca, ou vemos quem consegue acenar mais rápido. Ela é muito boa em acenar." 

Theo, o irmão mais novo, vive aprontando de acordo com os meninos da sua idade. Ele e George gostam de dar orelha de porco para Goffo, porque, segundo os veterinários, isso ajuda na dentição do animal. Mas essa comida além de ter a tal função, também faz com que o cachorro solte peidos fedorentos para a gargalhada e zoação dos meninos.

Tudo andava bem até que a mãe de George e Theo fica doente. Ela já não era mais a mesma, não brincava mais como antes, sofria com bastante dor de cabeça, até descobrirem que ela estava com câncer. George, seu irmão e toda a família vão precisar de força para enfrentar o que virá pela frente. 

"Quando eu esqueço os pensamentos ruins, posso fingir que está tudo bem."

Posso afirmar com todas as letras que não é uma história triste e que não se concentra tanto na doença da mãe, para ser sincera só começa a falar sobre isso quando já se passava da metade do livro. Lógico que em certos momentos fiquei com os olhos marejados, deu vontade de abraçar George e dizer que tudo ficará bem, mas a maior parte da leitura é leve e descontraída. O foco principal foi apresentar o dia-a-dia de um menino de dez anos e de sua amada família, além de mostrar também o crescimento de George diante do problema da mãe. O que eu achei interessante é que eles possuem uma vida simples, mas com muita harmonia e acima de tudo com muito amor. As crianças apesar de jogarem o video game de vez em quando, também brincam com pelúcias, com o cachorro, inventam brincadeiras, ou seja, são crianças raras hoje em dia, já que a maioria dos jovens ficam presos a tecnologia. Gostei de ler isso no livro. Particularmente, eu vivi igual ao George e ao Theo e fui muito feliz assim. Também fiz uso da tecnologia da época, mas nunca meus pais deixaram eu exagerar, sempre colocaram limites, e eu acho que é o que falta atualmente. Vejo crianças que passam o dia todo em frente a televisão, computador, tablet e celular e muitas vezes crianças bem pequenas, esquecendo que tem tantos meios de se divertir sem necessariamente ser desse modo. Tudo tem um tempo, ninguém vai ficar distante dessa nova realidade, só que é preciso achar um meio termo para que os pequeninos possam aproveitar essa fase tão importante para o desenvolvimento e que passa tão rápido.

Em contrapartida, também temos na história, o oposto a George e a sua família. Carl, o menino do colégio, tem uma família rica, porém nada presente na vida dele. É um menino sem limites e que não sabe respeitar os outros. Em várias passagens do livro, fica claro a pessoa que essa criança se tornará no futuro.

"Sempre haverá você" é super fofo e indico para todas as idades. Achei a diagramação perfeita e o fato de termos uma fonte grande e o espaçamento entre as frases maior ainda, torna-se a leitura bem rápida, além é claro da história cativante, pueril e que envolve o leitor do início ao fim. Os capítulos são curtos e são divididos em fatos. Achei uma lindeza (e bem criativo) o quadro negro falando o número do fato e uma breve descrição ou uma curiosidade do que viria a seguir. Com certeza é um livro que pode ser lido em um dia ou um final de semana tranquilamente. O único ponto negativo, na minha opinião é a capa. Não achei ela muito atrativa. Não sou muito fã de capas que possuem pessoas, são raras as que eu gosto, prefiro as ilustrações. Nesse livro, principalmente por se tratar de uma história sensível e com crianças, acho que uma ilustração cairia como uma luva.

Se você está procurando uma leitura leve, divertida e agradável para passar o tempo, leia "Sempre haverá você" e entre no universo do pequeno George e de sua família. 



Livro cedido em parceria pela editora Novo Conceito



10 comentários

  1. Também não sou fã de capas com pessoas e com certeza não leria esse livro pela capa hahaha mas pela resenha eu fiquei com vontade de ler agora mesmo! Já percebi que vou me apegar muito ao George e a família dele e amei o fato dele e do irmãozinho usarem a tecnologia, mas ao mesmo tempo brincarem com brinquedos mesmo porque, assim como você, eu também cresci assim! Enfim, adorei a resenha, viu? ^^
    Um beijão,
    Gabs | likegabs.blogspot.com ❥

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    1. Obrigada Gabs! É uma leitura fofa! Tenho certeza que vai gostar. Beijos

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  2. Quero muito ler esse livro, ele está aqui na minha estante já faz bastante tempo e eu adiando a leitura. Sua resenha ficou muito bonita e convidativa, especialmente por informar que o livro não foca tanto no drama e sim no cotidiano dos garotos. Adorei!

    Uma Pandora e sua Caixa

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    1. Pandora, leia! É uma leitura rápida e bem gostosinha.

      Beijos

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  3. Gostei muito da sua resenha, ainda não conhecia o livro :)

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/?m=1

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  4. Olá! Eu gostei da sua resenha, parece ser um livro gostoso de ler, ainda mais porque o foco não é totalmente na doença da mãe dos meninos; acredito que dá pra conhecer bastante sobre o cotidiano e a vida dos personagens.
    Beijos,
    Meise Renata.
    viciadas-em-livros.blogspot.com.br

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    1. Olá Re!

      Sim, é uma leitura bem gostosa e leve, apesar do drama da mãe dos meninos. Leia quando puder!

      Beijos

      Vivian

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  5. Oie Vivian =)

    Tenho esse livro, mas ainda não li. A história parece ser bem comovente, e estou bem curiosa para conhecer mais sobre a trama.

    Beijos;***
    Ane Reis | Blog My Dear Library.

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    1. Oi Ane!

      Se você tem o livro, leia quando puder. Acho que vai gostar. A leitura é super rápida.

      Beijos

      Vivian

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