" Resenha do livro Grito de Guerra da Mãe Tigre de Amy Chua " (Editora Intrínseca)


SINOPSE
Grito de Guerra da Mãe-tigre' é a história de uma mãe radical. Por se opor de maneira drástica à indulgência dos pais ocidentais, Amy Chua tomou a decisão de criar as filhas, Sophia e Lulu, à moda chinesa. As mães-tigres veem a infância como um período de treinamento. Para Sophia e Lulu, isso significa aulas de mandarim, exercícios de rapidez de raciocínio em matemática e duas ou três horas diárias de estudo de seus instrumentos musicais (sem folga nas férias, e com sessões duplas nos fins de semana). 'Grito de Guerra da Mãe-tigre' expõe o choque das visões de mundo oriental e ocidental no que diz respeito à criação dos filhos. Mas é basicamente a história das expectativas de uma mãe em relação às duas filhas e os riscos que está disposta a enfrentar para investir no futuro de ambas.








Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580570465
Edição 1 / Ano: 2011
Páginas: 240



O grito de guerra da mãe tigre da professora universitária Amy Chua narra sua experiência em educar suas filhas através do método chinês de cobrança de excelência permanente vivendo na América e sendo seu marido um judeu americano. 

São relatos verdadeiros onde a própria mãe, Amy, nos conta tudo sobre a educação das filhas querendo que fossem "the best" no que faziam incluindo o violino e o piano.

Para se educar como uma mãe chinesa você precisa seguir e pensar que :

1- os deveres escolares são sempre prioritários;
2- um A-menos é uma nota ruim;
3- seus filhos devem estar dois anos à frente dos colegas de turma em matemática;
4-os filhos jamais devem ser elogiados em público;
5- se seu filho algum dia discordar de um professor ou treinador, sempre tome partido do professor ou do treinador;
6- as únicas atividades que seus filhos deveriam ter permissão de praticar são aquelas em que pudessem ganhar uma medalha;
7- essa medalha deve ser de ouro.
 Página 17

Amy Chua, uma mãe radical que decide criar as  filhas, Sophia e Lulu, à moda chinesa. As mães-tigres vêm à infância como um período de treinamento. Para Sophia e Lulu, isso significa aulas de mandarim, exercícios de rapidez de raciocínio em matemática e duas ou três horas diárias de estudo de seus instrumentos musicais e sem folga nas férias, e com sessões duplas nos fins de semana. O livro procura expor o choque das visões de mundo oriental e ocidental no que diz respeito à criação dos filhos.

1.Ai meu Deus, você só faz piorar.

2.Vou contar até três, depois quero musicalidade!
3.Se da próxima vez você não for PERFEITA, cou PEGAR TODOS OS SEUS BICHOS DE PELÚCIA E QUEIMÁ-LOS!
 Página 39

Uma história que narra levando muito a sério essa forma de educação  e confesso que fiquei chocada. Depois de se tornar a inimiga número um das filhas essa mãe mostra que é doente. Compra uma cadela onde ela se encanta com o bichinho. Começa a fazer mil pesquisas sobre aquela raça, e a praticar exercícios , obsessivamente, como de praxe para que a sua cadela esteja entre o Top 5 dos espécimes mais inteligentes da raça!

"Esta é uma diferença entre um cachorro e uma filha, pensei depois com os meus botões. O cachorro é capaz de fazer o que todo cachorro faz - nadar cachorrinho, por exemplo -, e a gente aplaude com orgulho e alegria. Imagine como seria mais fácil se a gente pudesse fazer a mesma coisa com as filhas! Mas não pode. Seria negligência." página 125

Olhando dentro dos moldes da educação que recebi e que procurei transmiti ao meu filho vejo a educação chinesa como um abuso. Dentro das nossas leis essa mãe chinesa estaria presa por maus tratos a menores. Não consigo aceitar esse tipo de conduta que fere a todos princípios básicos de uma boa educação.


Educar um filho não é tão fácil quanto parece , mas deve haver liberdade, diálogo e criando limites que são necessários para que aprendam a saber o que é certo e errado. Os pais precisam mesmo é saber do que os filhos são capazes, acompanhar o que eles estão desenvolvendo, ficar de olho em suas tarefas para saber se está fazendo direito ou se estão enrolando e sendo negligentes.

Acompanhar, orientar e até aprender com eles porque muita coisa os pais não são obrigados a saber. Uma Educação saudável sem criar bloqueios ou traumas procurando ensinar a procurar fazer sempre o melhor e, se não consegue, continuar tentando. Uma educação onde saibam o seu limite e Introduzindo as noções de responsabilidade e respeito. Quando falamos em liberdade, falamos em respeito ao outro e em respeito a si mesmo.

Fui educada numa época onde a educação era mais rígida, onde a necessidade de colocar limites sempre foi muito questionada, tanto pelos filhos como pelos pais. Tempos que além dos duros limites, a educação era constituída de regras e proibições. Exigia-se da criança, do adolescente e mesmo dos adultos, total submissão e resignação. A liberdade em expressar suas idéias e pontos de vista confundia-se com desrespeito aos mais velhos. Esse modelo de educação trouxe muitos problemas e resultou em muitos adultos inseguros e até mesmo revoltados.


A proposta para educar é possibilitar a livre expressão dos potenciais e da espontaneidade infantil. Respeitar a criança em seus desejos e necessidades esperadas para a idade, por exemplo, a curiosidade perante o novo, a inesgotável energia de vida e muito mais. 

Ganhei este livro na participação de uma coletiva onde tinha que dizer o quanto havia em mim de mãe chinesa. Já tem um tempo que está na minha estante e este ano coloquei como meta de leitura.  Apesar de ser revoltante e tremendamente incoerente a educação nos moldes da cultura ocidental, o livro Grito de Guerra da Mãe Tigre nos mostra o que é bom ou não na educação chinesa. Mesmo tendo me debatido com os relatos saliento que é uma leitura divertida que conta a história de uma mãe e suas filhas que pode até mudar a nossa opinião em relação a arte de educar.




  Irene
Irene Moreira  é uma mulher que gosta do que faz bem a alma. Amante da comunicação, da arte de ensinar precisa transbordar seus sentimentos, conhecer pessoas, passear por lugares diferentes. Uma forma que a completa é ler e  escrever interagindo com esse mundo virtual. Aprecia uma boa leitura, mas é apaixonada por romances e suspenses.


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5 comentários

  1. Oie,
    não conhecia o livro e acho que não iria apreciar a leitura, definitivamente não é meu estilo de livro.

    bjos

    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  2. Irene, bastante diferente não, não é à toa que vemos cada dia matérias falando de abusos e de filhos que procura soluções desesperadas para fugir deles. Acho que é uma leitura interessante, que nos faz enxergar melhor o mundo no qual vivemos, mesmo que em continentes separados.

    Adorei a resenha, você relatar suas experiências agregou muito conteúdo ao texto. Beijos ;)

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  3. Gostei da sua resenha, mas não é um livro que eu leria. É muito diferente a cultura chinesa, e nos choca bastante.

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  4. Oi Irene que post interessante,cada País com sua cultura e realidade.
    Realmente bem radical a ideia dessa Mãe Amy Chua de educar suas filhas Sophia E Lulu e mostra o "choque das visões de mundo oriental e ocidental no que diz respeito à criação dos filhos".
    Claro que cada Mãe só deseja o melhor para seus filhos e que visão diferente dessa "mãe tigre" e também professora universitária Amy Chua em relatar sua experiência no tocante à educação de suas filhas,a questão do nível de excelência,nesse mundo competitivo ser o melhor é o objetivo a ser conquistado mas,a que preço?

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  5. Olá Irene, seu blog é muito bom! Estou seguindo-o e já curti sua fanpage. Você está de parabéns e, estou aqui após exatamente um ano, pra registrar uma coisa que já devia ter feito: eu citei seu blog num comentário sobre este livro no meu blog. Um feliz 2015 pra você e sucesso no seu blog. Ah! Meu nome é Alberto Valença e escrevo no Verdades de um ser (http://verdadesdeumser.com.br)

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